sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um pombo

com o pensamento em eloá catarine.

Meu nome é nada.
Não sei o que sou
na sua presença.
Gosto de estar perto
quando você passa.
Sabe que gosto mais
dos lugares depois
que seus pés
pisaram lá? Já gosto
mais de Manaus, por
exemplo. E gosto
tanto mais de
Salvador que respira
o mesmo ar e
entrega suas ruas
pra você andar de
graça. Não quero
esquecer aquele
gesto seu que joga
um beijo no ar – não
é banal, não é nada.
É um mundo que
acaba pra se refazer
melhor. Sabe, you
are fire. I love your
eyes, your smile,
your lips. I love all
nights and weekends
because I love be
with you. Esse gesto
lindo beijo que você
entrega em minha
direção. É bala de
revólver em minha
mão, espicaçando,
esmigalhando
derme, epiderme,
osso, órgão,
coração. Não é bala,
projétil, mas vai
fundo tanto quanto
no meu peito. Esse
beijo lançado é
comida aos pombos.
Eu já sei quem eu
sou: sou esse
pombo que espera
por ti, every day,
minha flor.


(Outubro de 2008)

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